Texto | Monique Evelle Imagem | Tima Miroshnichenko – Banco de Imagem Pexels
Desemprego fica em 14,4% no trimestre terminado em fevereiro e atinge recorde de 14,4 milhões de brasileiros. Essa é a manchete, essa é a realidade.
Uma outra realidade é que, segundo a pesquisa realizada pela Degreed em 2020, o Brasil ocupa 3º lugar em ranking de países com habilidades profissionais em risco após Covid-19. 78% dos brasileiros querem aprender novas habilidades para apoiar o desenvolvimento de suas carreiras, porém 46% das empresas reduziram o investimento em oportunidades de aprimoramento profissional.
Diante desse cenário, como podemos levar o mercado de trabalho para a educação e a educação para o mercado de trabalho de forma acessível, sobretudo financeiramente?
Desde agosto de 2020, tenho tentado responder essa pergunta através da Inventivos, plataforma de aprendizagem para o futuro do trabalho onde desenvolvemos a próxima geração de empreendedores e líderes.
É importante não perdermos de vistas que já temos pessoas qualificadas hoje. O que falta é requalificação para este novo momento do mundo. O que falta é transformar o conhecimento que aprendemos nas universidades, em habilidades práticas e mais tangíveis.
Se uma pessoa é formada em Ciências Sociais e está desempregada, como ela poderá transformas seus conhecimentos da áreas, em habilidades para o mercado de trabalho? Talvez atuando em antropologia do consumo, pesquisa de mercado, análise de dados e assim por diante.
E é isso que temos feito na Inventivos. Uma parte significativa da comunidade tem Ensino Superior, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado. Ou seja, são pessoas qualificadas. O que fazemos é levar o mercado de trabalho para educação, compartilhando possibilidades de atuação dentro de sua respectiva área.
Agora, para criarmos algo relevante para gerar 1 milhão de empregos, assim como a coalizão entre 35 companhias americanas, incluindo Merk, IBM e Nike, fizeram , precisaremos cada vez mais de empresas que entendam a importância de levar a educação para o mercado de trabalho e o mercado de trabalho para educação.
- Firmar parcerias com iniciativas para desenvolver habilidades do futuro dos colaboradores ou o público que gostaria de alcançar;
- Entender que habilidades do futuro não significa apenas aprender a programar;
- Apostar em desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais;
- Direcionar mais investimentos para o RH e áreas de desenvolvimento profissional da mesma forma que fazem com a área de marketing;
- Começar a fazer isso agora. Já estamos atrasados.
