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Empreendedorismo

Fui cancelada! E enquanto eu estiver em movimento, serei cancelada. Sinto muito!

Texto | Monique Evelle

A internet está cheia de canceladores. Mas quem cancela os canceladores? Acho que é um ótimo questionamento para iniciarmos essa conversa.

Vivemos o famoso FOMO (fear of missing out) que nada mais é o medo a ficar fora. Ou seja, medo de não saber o que está acontecendo no BBB, medo de perder as conversa na nova redes social ClubHouse, medo de perder e se sentir de fora. E com a era do cancelamento, passamos a ter o FOPO (fear of posting online) que é o medo de portar. Por um lado, as pessoas pensam mais antes de postar. Por outro, não postam pelo medo do cancelamento.

E, além disso, todos nós sofremos de infoxicação, o excesso de informação e interação online ⁣pode nos trazer alguns adoecimentos emocionais e mentais. Se você está sendo bombardeado ou bombardeada por muitas informações, provavelmente está se sentido mais dispersa ou disperso, a ansiedade só piora , o estresse só aumenta, fica sem foco e sempre parece estar cansado ou cansada.

Enfim, estamos todos doentes.

Eu já fui cancelada milhares de vezes. Mas meu cancelamento mesmo veio no dia 15 de setembro de 1994 , no dia que nasci. Eu sou uma mulher preta. A sociedade não perdoa e não consegue ver humanidade em mulheres negras. Então, já nasci cancelada.

Eu nasci cancelada, já fui cancelada milhares de vezes e serei cancelada toda vez que me movimentar. A diferença é que tenho clareza das coisas que faço e das responsabilidades que tenho. Isso não pode se tornar um fardo.

Não sofro do FOPO, o medo de postar. Eu tenho medo de outras coisas, mas não de postar. E eu posto exatamente aquilo que faz sentindo para minha existência.

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E, mudando de assunto, mas não tanto, desde que minha minha mãe me deu a melhor resposta sobre como tomar decisões, eu realmente mandei um foda-se para os canceladores.

Não podemos ter medo de críticas daqueles e daquelas que nunca construíram nada e nem ousam construir.

Acredito realmente na consistência e recorrência das nossas ações, conteúdos e falas.

Eu voltei para Salvador. Ficarei 60% aqui e 40% pelo mundo. Sinto que, mesmo com 26 anos, já fiz muita coisa interessante pessoal e profissionalmente nesses 10 anos de atuação.

O que quero agora é um desafio maior que seja tão grande que eu realmente não irei conseguir pensar, fazer, desenvolver sozinha nunca.

Pelo Desabafo Social, já criei com o time , tecnologias sociais de geração de renda e educação. Pela Inventivos, já estou desenvolvendo talentos para que se tornem as novas lideranças do Brasil. O que me falta é criar mecanismo de investimentos em negócios liderados por pessoas negras.

Daqui pra frente quero construir um Fundo próprio para investir em startups com lideranças negras ou criar para outras empresas fundos que entendam a importância de investir em empreendedores negros, mulheres, LGBTQI+ e PcDs.

E em janeiro fiz esse tweet demonstrando meu real interesse para as pessoas e mercado:

A parte boa foi que depois desse tweet algumas empresas, sobretudo do ramos de finanças, entraram em contato. Escutaram minhas preces.

Conversei com todas, um total de cinco empresas. E enquanto conversava, lembrei das perguntas de minha mãe e fiquei: O que será maior que eu? O que vai ser necessário para outras pessoas? Onde você vai conseguir distribuir renda para outras pessoas?

E pela primeira vez, me chamaram para criar algo realmente grande e que foge daquilo dos convites que estou acostumada a receber e que sem pensar já respondo com uma negativa.

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Ainda não respondi. Mas a parte boa é que estou em movimento e o desafio é maior que eu. Não se constrói nada olhando para o umbigo.

Agora, se você acha loucura eu querer fazer o quero fazer, paciência.

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