Texto | Monique Evelle
A verdade é que não sei a resposta para essa pergunta.
Sem dúvidas estou feliz por não só fazer parte da lista das 50 pessoas mais criativas do Brasil, mas por estar ao lado de pessoas que admiro como Samantha Almeida, Bárbara Soalheiro, Emicida, Nath Finanças, Alê Santos, Nina da Hora, Raull Santiago e tantas outras pessoas. Uma lista criada pela Revista Wired , versão brasileira. Essa revista é dos Estados Unidos, mais precisamente com sede em San Francisco, Califórnia, o Vale do Silício.
A primeira coisa que pensei ao pegar a revista foi: como cheguei até aqui? E assim, um filme passou pela minha cabeça.
Percebi que tive uma rede incrível de apoio. Pessoas que eu sempre pude acionar nos momentos mais indecisos da minha vida, mas também nos momentos de prosperidade. Tive e tenho mentoras e mentores que me guiam na minha jornada. Uma delas é Ana Kuroki, a maior profissional que já trabalhei até agora.
Ana me fez perceber o porquê criei a Inventivos. Em uma conversa ou outra ela disse sobre o fato das empresas quererem os melhores talentos, mas não assumem um compromisso de desenvolvê-los e era isso que eu estava fazendo com a comunidade Inventivos.
Ela me desafia a criar e crescer, sabe? E com apenas dois meses de existência, a Inventivos deixou de ser uma comunidade para desenvolver pessoas e passou a ser um ecossistema de aprendizagem e soluções.
Temos a Comunidade, com mais de 400 pessoas de diferentes lugares do Brasil e diferentes áreas de atuação, com aulas e curadoria de conteúdo quinzenais e mentorias mensais com grandes nomes do mercado e da sociedade. Criamos nossa própria moeda chamada Futuros. Com Futuros em mãos, os membros podem trocar por benefícios disponíveis com foco em desenvolvimento pessoal e profissional. São ferramentas, possibilidades e oportunidades. Crescemos juntos. Crescemos coletivamente. Em uma sociedade desigual, acumular Futuros faz mais sentido que acumular renda
Mas agora também temos Inventivos Fellows, um programa com seleção de pessoas que participam de uma imersão de 4 semanas, com desafios práticos e semanais para desenvolver seus respectivos projetos com mentorias personalizadas. E também, temos Inventivos Content, nossa maior entrega de capital intelectual , criativo e produtivo para marcas e empresas. A partir da curadoria de profissionais plurais e excelentes que participam da Comunidade ou do programa de Fellows, criamos soluções sob demanda com foco em comunicação, conteúdo e modelos de negócios.
Tudo isso em dois meses, já na rua, testado e aprovado. Esses desdobramentos vem do lugar da escuta ativa e contínua. Ouvir e observar como parte da jornada criativa. Sonhar, imaginar e criar como resultado da jornada criativa.
Para além disso, no aspecto pessoal, tenho outras mentoras pela vida. Uma conversa ali, uma conversa aqui e entendo a importância de Lisiane Lemos na minha vida. Foi com ela que percebi que muito mais que consultoria de diversidade ou algo do gênero , minha intenção maior está em Governança Coorporativa. Foi com ela que tive coragem para embarcar nos cursos da Saint Paul , uma das melhores escolas de negócios da América Latina. E que bom que chego ao fim de 2020 muito mais preparada com essa mentalidade coorporativa, podendo aplicar minha bagagem do empreendedorismo e das minhas viagens para mapear inovações pelas periferias do Brasil.
Sem contar que tenho pessoas incríveis da minha rede de apoio. Amigos e pessoas que trabalham comigo que dizem se é melhor pausar a ideia ou continuar. Gabriel Leal é uma dessas pessoas. Dani Siqueira e Dani Salles também. Duda Porto de Souza não poderia ficar de fora, nem Monique Lemos, nem Mari Santos e muito menos Lucas Santana. Esses são apenas alguns exemplos de pessoas que me fizeram arriscar. Fazer, errar, aprender fazendo, mudar a rota e por aí vai. Elas me deixam estar em movimento e ao mesmo tempo segura.
Deve ser isso que significa ser criativa ou criativo. Está disposta a mudar a rota quando necessário. Ouvir atentamente que vai entrar na sua alma a ponto de você criar algo coletivo e que funcione.
Eu realmente não sei sou a mais criativa do Brasil, mas sei que nunca deixei de colocar meu mantra em prática. O mantra é : sonhar, imaginar e criar. E eu sonho, imagino e crio.
